segunda-feira, 4 de agosto de 2014

TEMPLO DE SALOMÃO? PRA QUEM?


O templo contaminado – ou Salomão quem, cara pálida



Tem uma simbologia contundente o fato de parte da terra que contaminou o campus da USP Leste ter saído do terreno do assim chamado Templo de Salomão, da Igreja Universal do Reino de Deus. Eu sei que o terreno da universidade, interditado por mais de seis meses, tem outras fontes de contaminação. O gás metano e substâncias cancerígenas encontrados são de várias origens.
E também sei que não foram os neopentecostais que contaminaram o terreno do “templo” no Brás – parte dele era do Lanifício Paulista há décadas. Mas a autoimportância do “bispo” Edir Macedo, que cultiva agora uma barba de patriarca e recebe na inaguração a presidente Dilma, o vice Temer, o governador Alckmin, o prefeito Haddad e o ex-Kassab, o ministro da Casa Civil Aloizio Mercadante e o ministro do Supremo Ricardo Lewandowski, entre outras autoridades subservientes, eleitoreiras e oportunistas, nos cobre de vergonha alheia.
E tem toda uma coerência com uma longa história patriarcal de abusos. Os primeiros a serem humilhados são o próprio Salomão, e Jesus Cristo. Personagem do Velho Testamento, Salomão teria vivido no século 9º a.C., ou seja, é parte de uma estratégia de deixar o menino-propaganda Jesus de lado, e garfar a tradição judaica (que está presente também nos adereços que aparecem na foto acima, as menorás, ou candelabros de sete braços, como se vê na foto acima).
A construção desse “templo” afirma algumas coisas. Entre outras, que todo o polimento humanista que a tradição judaico-cristã recebeu no Novo Testamento, e que de certa forma desembocou tardiamente na Teologia da Libertação, não desautoriza noções antigas e mais brutais. A de que o Deus é exigente e vingativo, sim. E que os “escolhidos” (não mais os judeus, mas os neopentecostais) são sua milícia moral.
Acontece que o rei Salomão, que teria sido casado com 700 mulheres, e amante de mais 300 concubinas, é conhecido pelo Cântico dos Cânticos, o livro mais sensual da Bíblia. Nesse livro bastante atípico, Deus é citado só uma vez, e mesmo assim de forma indireta. Certamente “bispos” e “pastores” devem se excitar com os relatos de tanta fartura – mas nem de longe estão à altura de Salomão, cujos escritos se parecem mais com a literatura pagã.
Naturalmente que os escritos de Salomão não tratam (só) da putaria do poder, mas da relação com a natureza, que as mulheres simbolizam. Diz ele: “Que deliciosas são suas carícias, minha irmã, minha mulher! Seu amor é melhor do que o vinho, e a fragrância do seu perfume melhor do que a de todas as especiarias/ Seus lábios gotejam favos de mel, minha mulher; mel e leite estão debaixo da sua língua, e o cheiro dos teus vestidos é como o cheiro do Líbano/ Você é um jardim secreto, minha irmã, minha mulher, nascente fechada, fonte selada/ De você brota um pomar de romãs com frutas ótimas, com flores de hena e nardo/ Nardo e açafrão, cálamo e canela, com todas as madeiras aromáticas, mirra e aloés e as mais finas especiarias/ Você é uma fonte dos jardins, poço das águas vivas, que vêm do Líbano!”.
E em outro trecho a amada descreve o Rei como se fosse uma encarnação furtiva de Pan, ou um sátiro: “O meu amado é como um gamo, ou um cervo novo/ Vejam, lá está ele atrás do nosso muro, olhando pelas janelas, espreitando pelas grades”. Tenho grande dificuldade em enxergar um pastor evangélico nesse ser sedutor em meio ao bosque.
Voltando ao mundo contaminado. Numa investigação do Ministério Público, surgiu a informação de onde veio parte da terra descartada irregularmente no terreno onde seria levantado campus leste da universidade, em janeiro de 2011. Como é área de proteção, a terra teria que ser analisada e receber licença ambiental. Um engenheiro que avisou o diretor da escola da irregularidade foi ameaçado anonimamente por telefone, em 2013.
Foi o dono da transportadora Ratão quem revelou que a terra foi transportada do terreno do “templo”. Aliás construído fraudulentamente, com base num parecer corrupto de reforma, concedido pelo escroque Husain Aref Saab, da gangue que comandava a fiscalização de obras da prefeitura na gestão Kassab. Que essa terra “sagrada” (not) tenha ido interditar uma universidade pública é de uma suprema ironia. O conhecimento e o Estado Laico também estão entre os humilhados.
Valter Pereira da Silva, o sr. Ratão dessa história, consta ter declarado no inquérito: “Por determinação do governador Geraldo Alckmin, no ano de 2007 o sr. Marcos Alano, responsável pela empresa de terraplanagem Alano, retirou a calha do rio Tietê e todo o entulho oriundo da demolição do Presídio do Carandiru e os jogou na área onde hoje está instalada a USP-Zona Leste (...) Como o declarante estava fazendo serviço de terraplanagem no Templo do Rei Salomão, do bispo Edir Macedo, precisava de um lugar para despejar terra decorrente da escavação para a construção do referido Templo”.
Esse sim é o Deus que eu respeito, o supremo roteirista, que escolhe um nome maravilhoso desses, RATÃO, para compor o roteiro. É dessa “relação com a natureza” que se trata: uma sociedade de patriarcalismo exaltado, em que acumulação e o poder linear substituem qualquer sensibilidade no trato com o mundo material, o mundo natural, dos ciclos e da conservação.
Foi o homem, não a natureza, que inventou os esgotos habitados pelos ratões. A natureza é limpa, mesmo quando é “suja”. São os dejetos e resíduos humanos acumulados que poluem, entopem e destroem nosso planeta. O gosto pelo dinheiro não é “materialista”; pelo contrário. Enxergar valor num pedaço de papel é idealismo puro. E esse papel não surgiu para humilhar.
É desse curtocircuito que se gera quando se prega que o “espírito” (o masculino, o formal, o regrado) é superior à “matéria” (o feminino, o intuitivo, o natural) que as religiões monoteístas se alimentam. O poder pessoal é deslocado para uma fonte externa, pretensamente superior e necessariamente autoritária. A busca humana de uma compreensão ética da vida é terceirizada. O dinheiro se torna superior ao que ele mesmo compra.
Ao contrário de Salomão, as barbas de Edir Macedo simbolizam a autoridade pela autoridade, sem sabedoria, sem substância, sem clemência, sem amor de qualquer tipo, a não ser por ela mesma. É o poder do poder, o dinheiro do dinheiro, o comando do comando, o abuso do abuso. O yang do yang: um mundo que começa e termina no homem e em sua vertigem de poder, sem mulher e sem entorno.
A cabala judaica, que os neopentecostais tentam emular magicamente, trata do equilíbrio entre poder e responsabilidade. O povo “escolhido” não significa os apadrinhados de um deus nepotista, que distribui cargos, benesses e prestígio a quem puxa seu saco. Pelo contrário, significa a presença de Deus na sua ética, nos seus hábitos, de tal forma que a riqueza, a saúde e a justiça se distribuam entre todos os seus filhos, administradas por líderes sábios. (Não que os judeus cabalistas tenham matado a charada, como vemos na Palestina.)
Ver nossas “lideranças” políticas todas sob as barbas de Edir Macedo, senhor de ratões e esgotos, de contaminações e interdições, não tem como nos deixar muito otimistas. É esse espelho distorcido que nossos homens e mulheres públicos procuram: o espelho de Edir e seu “poder”. Inclusive Alckmin, Kassab e agora Haddad, que se põe diretamente na linha de tiro desse escândalo.
Mas que faz todo o sentido, lá isso faz. O cristão-black-block que pixou a parede do “templo” antes da inauguração com um “Atos 17:24” (a passagem bíblica “Deus não habita em templos feitos pelas mãos de homens”) me representa. Porque os humilhados por essa inauguração somos todos nós.
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RETIRADO DE: "https://br.noticias.yahoo.com/blogs/alex-antunes/o-templo-contaminado-ou-salom%C3%A3o-quem-cara-p%C3%A1lida-195051026.html"

http://youtu.be/W7wqqJFtaYc

Bispo Edir Macedo ensinando como roubar os fiéis 【 Igreja Universal 】...

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Livros uma viagem sem destino...

Tentarei postar todos os livros que já li, os que eu lembrar, e minha impressão sobre os mesmos.
Irei postar fora de ordem de leitura e aos poucos, na verdade vai ser mais para eu mesmo lembrar o que li:
Bom começo pelo último que acabei de ler agora em janeiro de 2014:

Não é de nenhuma escritora famosa mas, de uma cantora: Vanessa da Mata



Giza cresceu à beira de uma estrada que liga o norte e o sul do país. Sua geografia familiar, no entanto, pouco ultrapassa os limites da casa de infância, onde foi criada em meio às plantações de flores, ao pé do jardim. Os buquês e arranjos que lá eram preparados abasteciam toda a região, aproximando Giza de um universo de gente que ama, é rejeitada e morre, cada circunstância pedindo a sua própria flor. 
Assim, a menina, vivendo à sombra das tias, duas garotas que já encantavam os homens do vilarejo, encontrava seu jeito de vencer as cercas de casa. Mas, se das flores ela colecionava as histórias, das tias ela ganhava um vislumbre da vida adulta, que Margarida e Florinda, a despeito de serem pouco mais velhas, pareciam abraçar com naturalidade. Quase como uma estrangeira na casa, Giza passa a infância navegando pelos códigos e subentendidos da família, à beira de algo que ela parece prestes a compreender.

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Tchau!


  Au revoir!    Good bye!    Прощай!    Adiós!    またね   Adeus!     !

 Auf Wiedersehen!   Do widzenia!    Viszlát!    Tot ziens!   Arrivederci!     

 היי!   Adéu!   أهلاً!  Adiaŭ!   Γειά !   안녕히 계세요/안녕히 가세요     Bei


  2014



Encerrando ciclos...

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final... Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu... Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. 

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.

Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal". Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará! Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.

Encerrando ciclos.
Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és... E lembra-te:

Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão
Gloria Hurtado

Que a etapa denominada 2014 possa ser melhor, cheia de luz e sabedoria para todos nós

Marcio Costa 


treumumdoisdoiszeroumtres = 31/12/2013         Passe o cursor

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Natal 2013

Que não só hoje, mas todos os dias, a luz da esperança possa nos iluminar e que o DIVINO que habita em todos nós apareça com mais frequência.





É o que desejo para todos nós.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

O essencial

Estou aqui agora pensando:
Quanto mais conheço as aspirações, desejos e personalidades das pessoas me decepciono e chego a conclusão que a grande maioria não entende que o que precisamos é amar a vida e saber conviver com nós mesmos aceitando nossos defeitos, tentar corrigir os que podemos e ter cuidado em julgar os outros.

Resumindo, a frase de Antonie em seu livro, O pequeno príncipe,  "fala" o que realmente é importante:



Antoine-Jean-Baptiste-Marie-Roger Foscolombe de Saint-Exupéry filho do conde e condessa de Foscolombe (29 de junho de 1900, Lyon - 31 de julho de 1944, Mar Mediterrâneo) foi um escritor, ilustrador e piloto da Segunda Guerra Mundial.
Faleceu durante uma missão de reconhecimento sobre Grenoble e Annecy. Em 3 de novembro, em homenagem póstuma, recebeu as maiores honras do exército. Em 2004, os destroços do avião que pilotava foram achados a poucos quilômetros da costa de Marselha. Seu corpo jamais foi encontrado.
Suas obras foram caracterizadas por alguns elementos em comum, como a aviação, a guerra. Também escreveu artigos para várias revistas e jornais da França e outros países, sobre muitos assuntos, como a guerra civil espanhola e a ocupação alemã da França.
No entanto, deve-se dar uma atenção a este último, O pequeno príncipe (O Principezinho, em Portugal) (1943), romance de maior sucesso de Saint-Exupéry. Foi escrito durante o exílio nos Estados Unidos, quando fez visitas ao Recife. E para muitos era difícil imaginar que um livro assim pudesse ter sido escrito por um homem como ele.
O pequeno príncipe é uma obra aparentemente simples, mas, apenas aparentemente. É profunda e contém todo o pensamento e a "filosofia" de Saint-Exupéry. Apresenta personagens plenos de simbolismos: o rei, o contador, o geômetra, a raposa, a rosa, o adulto solitário e a serpente, entre outros. O pequeno príncipe vivia sozinho num planeta do tamanho de uma casa que tinha três vulcões, dois ativos e um extinto. Tinha também uma flor, uma formosa flor de grande beleza e igual orgulho. Foi o orgulho da rosa que arruinou a tranqüilidade do mundo do pequeno príncipe e o levou a começar uma viagem que o trouxe finalmente à Terra, onde encontrou diversos personagens a partir dos quais conseguiu descobrir o segredo do que é realmente importante na vida.
É uma obra que nos mostra uma profunda mudança de valores, que ensina como nos equivocamos na avaliação das coisas e das pessoas que nos rodeiam e como esses julgamentos nos levam à solidão. Nós nos entregamos a nossas preocupações diárias, nos tornamos adultos de forma definitiva e esquecemos a criança que fomos.
Fonte:

terça-feira, 19 de março de 2013

CROCANTE






É a idade...

Hoje, ao acordar, levantei os braços...
estiquei as pernas...
mexi com os joelhos...
virei o pescoço...
e tudo fez "crec.
Cheguei então à seguinte conclusão:
Não é que eu esteja ficando velho, estou ficando é "crocante"